UFRGS - PEAD Ana Cristina Mattes - Kryka

Thursday, October 05, 2006


ATIVIDADE 1: O conto da ilha desconhecida

Meu nome é Ana Cristina Mattes, tenho 31 anos, moro em Novo Hamburgo.
No ensino médio, me formei em Auxiliar de Processamento de Dados. Iniciei a faculdade de Ciências da Computação com 17 anos. Muito imatura, desisti na primeira barreira. Como nunca havia reprovado, ter essa decepção foi um verdadeiro trauma! No semestre seguinte, iniciei o curso de adaptação ao magistério e em um ano estava realizando o meu estágio com crianças que passariam a ser a minha primeira turma como professora titular. Este foi o início de uma carreira que já dura 11 anos.
Tive a oportunidade de administrar uma escola pública durante 7 anos, onde aprendi muito e acredito ter desempenhado um bom trabalho.
No último ano, trabalhei na 2ª Coordenadoria Regional de Educação, onde aprendi muito. Considero o ano mais feliz e bem sucedido de minha vida profissional! Amei demais trabalhar lá e pretendo voltar assim que terminar meu estágio probatório. Infelizmente tive que abrir mão desta grande oportunidade porque financeiramente era mais interessante assumir um novo concurso.
Iniciei meus trabalhos em Sapiranga em fevereiro deste ano e estou realizando um grande sonho...ser uma alfabetizadora!!! A experiência não está sendo nada fácil, pois as crianças exigem muito da gente.
Se tivesse que optar por estar em uma sala de aula ou desempenhar qualquer outra função na área administrativa da educação, sem dúvida optaria pela segunda opção, pois acredito que posso contribuir muito mais desta maneira!
Implantar uma banda marcial, em um município pequeno e com poucos recursos, foi uma das maiores ousadias que realizei. Sozinha, com meia dúzia de pais se dispondo a realizar festas, bingos, rifas e qualquer outras atividades que trouxessem lucros, tudo para a concretização de um mega projeto, que tiraria crianças da rua e incentivaria-os através da música!!! Tenho muito orgulho de ter realizado esta façanha. Um dos momentos mais especiais de minha vida, o qual não esquecerei jamais, foi o dia em que a banda desfilou pelas ruas da cidade pela primeira vez, apresentando para a comunidade o resultado de tanto esforço: alunos trazendo um sorriso largo e grande orgulho, vestindo roupas especiais, instrumentos musicais novinhos, dos quais saíam notas musicais formando um repertório inesquecível, em frente ao palanque municipal... eu paralisei por instantes e...chorei...
Falar de medos é algo muito difícil perante os inúmeros desafios que nos deparamos durante o dia-a-dia em nossas escolas. Será que estamos suprindo as necessidades dos nossos educandos? Será que estamos nos fazendo compreender? Será que estamos compreendendo nossos alunos? Quero dialogar sobre essas incertezas. Em certos momentos me sinto em aventuras oceânicas, sem saber qual o rumo certo a seguir, almejando explorar cada ilha da melhor forma.

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